domingo, 24 de junho de 2012

Vaga lembrança





Pegou o celular, 
Procurou o numero com a certeza de que não existia mais na agenda; 
Daqueles dias, agora, só resta uma vaga lembrança... 
Não sentia mais o cheiro, 
Não lembrava mais do beijo, 
E também não doía mais... 
Acabou. 
Foi marcante, 
Foi importante, 
E se foi... 
...enfim...
melhor assim.
(Sandrinha Ramos)


"Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no post não é de minha autoria e que o autor não foi identificado."

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A moça


O sol parecia que estava mais perto da terra
de tão quente que era aquele fim de tarde...
Eu desconfio que ele havia se inclinado,
Só para olhá-la...
A moça,
Que mal dava conta
de enxugar as gotas de suor
que escorriam da sua testa e escorregavam pelo rosto...
Eu desconfio que elas ‘escapuliam’
só para percorrer o seu corpo.
...O vento parecia envolvê-la nos braços
quando tocava seu vestido,
ao mesmo tempo em que bagunçava seus cabelos
Escuros, compridos... Lindos...
E ela, a moça, tão doce, nem desconfiava,
...que tão formosa estava.

Sandrinha Ramos













"Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no post não é de minha autoria e que o autor não foi identificado."

sexta-feira, 15 de junho de 2012




Entre uma palavra e outra me sinto boba. Chego a duvidar.
Afinal, quando falo sobre uma menina correndo entre as mangueiras ou sobre a saudade de um tempo que não volta mais. Quando escrevo sobre lágrimas ou gargalhadas soltas no ar.
Duvido se alguém me ouve.
Os jornais só publicam um grande terremoto ou tragédias diárias que tentamos esquecer.
Enquanto eu... eu insisto em explorar minha própria alma. 
Insisto em tentar desvendar os meus segredos.
Ou em, ao menos, fazer doce as tolices em que ainda acredito.



(Agda Y)


Fonte: http://bobagensdaalma.blogspot.com.br/.



quinta-feira, 14 de junho de 2012

-Sobre o Amor-


“Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.”

Carlos Drummond de Andrade



O título atribuído a postagem não é o nome do poema de Drummond.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Felicidade - O Teatro Mágico




Felicidade?
Disse o mais tolo: "Felicidade não existe"
O intelectual, não no sentido lato
O empresário, desde que haja lucro
O operário, sem emprego, nem pensar
O cientista, ainda será descoberta
O místico, está escrito nas estrelas
O político, poder
A igreja, sem tristeza, impossível... Amém

O poeta riu de todos
E por alguns minutos foi feliz


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Meu amigo, o tempo.




          O tempo cura, alivia, muda as coisas de lugar, promove encontros eternos, proporciona experiências que ensinam tanto... Mesmo doendo.
O tempo, esse meu amigo, ensina-me muito todos os dias... E nem peço mais para voltar e tentar mudá-lo... Foi tudo o que vivi que me tornou exatamente quem sou hoje.
Hoje eu sei que meus sentimentos são meus e só divido com quem é digno.
Aprendi que devo confiar verdadeiramente nas pessoas, até que me provem o contrario, mas se de um jeito ruim, alguém conseguir provar, esse não merecem minha companhia, muito menos atenção... Basta o meu silencio.
Hoje me contento com gestos simples e sinceros, que só dizem respeito a mim e a o outro, que recebe ou demonstra... Isso só a gente precisa entender.
Aprendi que não  é da noite para o dia que se fala ‘eu te amo’ e que ouvir aquele  ‘eu te amo’ não seja tão importante... Depois que você ouviu tantas vezes mecanicamente.
Prefiro um afago, um ‘xero’, as cartinhas dos meus alunos,  até aquele olhar que diz tanto, mesmo me deixando sem jeito;  Gosto é de apreciar o belo, ver o pôr do sol, andar de mãos dadas e sorri só de pensar... Mas deixa isso pra lá.
È que hoje acordei com vontade de escrever, não em versos, e isso não quer dizer, que não haja poesia nas minhas palavras, muito pelo contrário, ando ‘respirando poesia’... Tenho certeza que não preciso de muito para continuar contente.
E sem mistérios, sem segredos, aprecio cada dia como aquela taça de vinho que você degusta com calma e aos poucos, convicta  que aquele sabor é inconfundível e não se misturará a outro... Assim como os dias que não param de passar. (Sandrinha Ramos)


"Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no post não é de minha autoria e que o autor não foi identificado."